Ser mulher
Na próxima segunda-feira, dia 8 de março, será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Alguns detalhes dessa condição precisam ser considerados. No planeta Terra, é diferente ser mulher no hemisfério ocidental e no hemisfério oriental, nos países de cultura judaico-cristã e nos de cultura islâmica. Faz diferença, também, ser mulher na China, na Índia ou no Brasil – uma diferença que pode significar morte ou vida, mesmo que, muitas vezes, seja uma vida difícil.
Faz pouco mais de cem anos que as mulheres ocidentais começaram a erguer a cabeça, favorecidas por uma conjunção de fatores históricos, econômicos e sociais. Esses fatores, infelizmente, não ocorreram na porção oriental do planeta, onde, pelo contrário, as condições de submissão física, psicológica e social da mulher continuam as mesmas de meio milênio atrás.
Cerca de 150 milhões de mulheres em todo o mundo – e não só na África subsaariana, mas também em Omã e no Iêmen – são mutiladas, e, a cada ano, mais três milhões de meninas entram nesse rol macabro. Mais dois tipos de mutilação, mais radicais, são praticados (em meninas a partir de cinco anos de idade): a remoção conjunta do clitóris e dos pequenos lábios; e a retirada de toda a genitália, permanecendo somente um pequeno orifício para a passagem da urina e do fluxo menstrual. Na Europa já se preparam projetos de lei que preveem punições para casos de mutilação genital, já que só na Alemanha vivem 20 mil mulheres mutiladas e cerca de 5 mil meninas correm o risco de serem submetidas a essa atrocidade.
Esperemos que, no futuro, seja mais fácil e prazeroso ser mulher no planeta Terra, tanto num quanto no outro hemisfério.
Esperemos que, no futuro, seja mais fácil e prazeroso ser mulher no planeta Terra, tanto num quanto no outro hemisfério.
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